A importância da multiculturalidade na felicidade no trabalho: estudo de caso com trabalhadores da restauração na região Norte

Abstract

A compreensão da dinâmica organizacional foi essencial para o sucesso e a sustentabilidade das empresas na era contemporânea. Diversos estudos abordaram os conceitos de cultura e clima organizacional, que, embora interligados, desempenharam papéis distintos e complementares no ambiente de trabalho. Foi possível observar que a globalização intensificou a diversidade cultural nas organizações, introduzindo novos desafios e oportunidades para a gestão empresarial. A diversidade, inicialmente promovida como uma estratégia para recrutamento e retenção de talentos com diferentes formações, ganhou destaque com a globalização e o avanço tecnológico. Este contexto diversificado ofereceu vantagens competitivas e fomentou a inovação, mas também apresentou desafios como mal-entendidos e barreiras na comunicação. A literatura revisada enfatizou que, para lidar com a diversidade, foi crucial que as organizações promovessem uma comunicação intercultural eficaz e desenvolvessem uma cultura organizacional que valorizasse a diversidade. A gestão inadequada da diversidade levou a conflitos e dificultou a integração dos colaboradores, enquanto uma abordagem inclusiva melhorou a coesão e a eficácia organizacional, promovendo um ambiente onde todos os colaboradores se sentissem valorizados e compreendidos O objetivo deste estudo passou por perceber a importância da cultura nas organizações; assim como conseguir distinguir multiculturalidade de diversidade de climas organizacionais. Adicionalmente passou por explorar a temática da identidade na dependência da multiculturalidade; distinguir e aprofundar os conceitos de felicidade, bem-estar e satisfação organizacional, e por fim, aprofundar a relação entre multiculturalidade e felicidade. Com esse objetivo em mente foi utilizado o método qualitativo da entrevista que nos permite fazer uma avaliação do que é dito tendo por base um pressuposto teórico de base científica. Tratou-se de um estudo fenomenológico, exploratório, não preditivo, com recurso a uma análise de conteúdo como técnica e que só se representa a si próprio, não impendendo sobre ele quaisquer extrapolações. A amostra deste estudo foi constituída por 8 homens, 4 mulheres, dentro delas 4 pessoas de nacionalidade brasileira, 5 portugueses e 3 angolanos. As pessoas têm idades compreendidas entre os 20 e os 43 anos. Das várias conclusões retiradas com a elaboração deste trabalho algo que foi possível de concluir é de que as organizações devem de ter uma abordagem pró ativa na valorização das diferenças culturais como uma fonte de inovação e de crescimento. Assim, como devem adotar uma abordagem abrangente para alcançar a felicidade no trabalho, não apenas por responsabilidade social, mas também como uma estratégia para melhorar a produtividade e a sustentabilidade a longo prazo. Por fim, a análise de todos estes fatores proporcionou uma compreensão mais profunda dos desafios e oportunidades que as empresas enfrentaram em contextos multiculturais e ofereceu insights sobre como criar um ambiente organizacional que promovesse o bem estar e a satisfação dos funcionários. Palavras-chave: Organizações, Felicidade, Multiculturalidade, Diversidade

The understanding of organizational dynamics was essential for the success and sustainability of companies in the contemporary era. Various studies addressed the concepts of organizational culture and climate, which, although interconnected, played distinct and complementary roles in the workplace. It was observed that globalization intensified cultural diversity within organizations, introducing new challenges and opportunities for business management. Diversity, initially promoted as a strategy for recruiting and retaining talent with different backgrounds, gained prominence with globalization and technological advancement. This diverse context offered competitive advantages and fostered innovation, but also presented challenges such as misunderstandings and communication barriers. The reviewed literature emphasized that, to address diversity, it was crucial for organizations to promote effective intercultural communication and develop an organizational culture that valued diversity. Poor management of diversity led to conflicts and hindered employee integration, while an inclusive approach improved organizational cohesion and effectiveness, creating an environment where all employees felt valued and understood. The aim of this study was to understand the importance of culture in organizations, as well as to distinguish multiculturalism from diversity in organizational climates. Additionally, it explored the theme of identity in the context of multiculturalism, delved into the concepts of happiness, well-being, and organizational satisfaction, and finally examined the relationship between multiculturalism and happiness. With this goal in mind, a qualitative interview method was used, allowing for an assessment of what is said based on a theoretical, scientifically grounded assumption. It was a phenomenological, exploratory, non-predictive study, using content analysis as a technique, and it only represents itself, with no extrapolations being applied to it. The sample for this study consisted of 8 men and 4 women, including 4 Brazilians, 5 Portuguese, and 3 Angolans, aged between 20 and 43. One of the conclusions drawn from this work is that organizations should take a proactive approach in valuing cultural differences as a source of innovation and growth. They should also adopt a comprehensive approach to achieving happiness at work, not only as a matter of social responsibility but also as a strategy for improving productivity and long term sustainability. Finally, the analysis of all these factors provided a deeper understanding of the challenges and opportunities companies face in multicultural contexts and offered insights on how to create an organizational environment that promotes employee well-being and satisfaction. Keywords: Organizations, Happiness, Multiculturalism, Diversity