Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10437.1/14774
Título: Estudo do clima de segurança psicossocial do trabalhadores de uma Unidade Local de Saúde
Autores: Ventura, Elsa Lisete Bandeira Ramos
Orientadores: Neto, Hernâni Veloso, orient.
Palavras-chave: MESTRADO EM GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
GESTÃO
MANAGEMENT
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO
SAFETY AND HEALTH AT WORK
CONDIÇÕES DE TRABALHO
LABOUR CONDITIONS
IMPACTO PSICOSSOCIAL
PSYCHOSOCIAL IMPACT
PROFISSIONAIS DA SAÚDE
HEALTH CARE PROFESSIONALS
SAÚDE MENTAL
MENTAL HEALTH
Resumo: O clima de segurança psicossocial tem um impacto significativo na saúde mental, no bem-estar e na segurança dos trabalhadores, assumindo particular relevância em contextos de saúde, onde as condições de trabalho podem influenciar o desempenho e a qualidade de vida profissional. Este estudo teve como objetivo analisar o clima de segurança psicossocial numa Unidade Local de Saúde em Portugal, caracterizando as condições psicossociais de trabalho, identificando os fatores de risco e proteção psicossocial presentes, e explorando a relação entre estas variáveis e as características sociodemográficas e profissionais dos trabalhadores. É proposta, ainda, uma matriz de indicadores para a monitorização e intervenção. Adotou-se uma metodologia de natureza semi quantitativa, incluindo uma revisão narrativa da literatura e a realização de um estudo de caso, através da aplicação de um inquérito estruturado online. O questionário foi elaborado com base em escalas validadas, o PSC-12 e o COPSOQ, para avaliar o clima de segurança psicossocial e as condições de trabalho. A amostra foi composta por 317 profissionais de saúde, de um total de 1292 trabalhadores da ULS, abrangendo diversas categorias profissionais, como enfermeiros e médicos, e diferentes níveis hierárquicos e serviços. A recolha de dados foi realizada de forma anónima e confidencial e o seu tratamento foi feito com o software R, utilizando análise descritiva e inferencial, incluindo testes t, ANOVA, Kruskal-Wallis e correlação de Pearson. Os resultados evidenciaram um clima de segurança psicossocial insatisfatório, com mais de 63% dos profissionais a classificarem-no como fraco ou mau. As exigências emocionais foram identificadas como o fator de risco psicossocial mais prevalente. Este cenário reflete elevados níveis de tensão e preocupação com as condições laborais, o que pode impactar negativamente a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores. A análise revelou, também, que o clima de segurança psicossocial está significativamente correlacionado com os fatores psicossociais de risco e protetores no ambiente de trabalho. Em particular, à medida que aumentam os fatores de risco, diminui a perceção de um ambiente psicossocial seguro, enquanto a presença de fatores protetores favorece um clima psicossocial mais seguro e saudável, refletindo-se em melhores condições laborais e maior bem-estar dos profissionais. Os resultados do estudo permitiram identificar medidas estratégicas para melhorar as condições psicossociais de trabalho, incluindo programas de prevenção de burnout e stress e iniciativas para conciliação entre vida profissional e familiar, entre outros. Para garantir a eficácia destas ações, propõe-se a monitorização do clima de segurança psicossocial, através de uma matriz de indicadores e estratégias de intervenção adaptadas à realidade organizacional. Estas iniciativas beneficiam os profissionais de saúde e têm um impacto positivo na qualidade e segurança dos cuidados prestados, fortalecendo a sustentabilidade da organização a longo prazo. Palavras-chave: Clima de Segurança Psicossocial; Fator Psicossocial; Risco Psicossocial; Saúde; Profissionais de Saúde.
The psychosocial safety climate has a significant impact on mental health, well-being, and workplace safety, assuming particular relevance in healthcare settings, where working conditions can influence both performance and professional quality of life. This study aimed to analyze the psychosocial safety climate in a Local Health Unit in Portugal, characterizing psychosocial working conditions, identifying psychosocial risk and protective factors, and exploring the relationship between these variables and workers' sociodemographic and professional characteristics. Additionally, an indicator matrix is proposed for monitoring and intervention purposes. A semi-quantitative methodology was adopted, including a narrative literature review and a case study conducted through an online structured survey. The questionnaire was developed based on validated scales, namely the PSC-12 and the COPSOQ, to assess the psychosocial safety climate and working conditions. The sample consisted of 317 healthcare professionals, drawn from a total of 1,292 employees in the Local Health Unit, covering various professional categories such as nurses and physicians, as well as different hierarchical levels and services. Data collection was conducted anonymously and confidentially, and data analysis was performed using R software, employing descriptive and inferential statistical methods, including t-tests, ANOVA, Kruskal-Wallis and Pearson correlation analysis. The results indicated an unsatisfactory psychosocial safety climate, with over 63% of professionals rating it as weak or poor. Emotional demands were identified as the most prevalent psychosocial risk factor. This scenario reflects high levels of tension and concern regarding working conditions, which may negatively impact workers' mental health and well-being. The analysis also revealed that the psychosocial safety climate is significantly correlated with both psychosocial risk and protective factors in the work environment. Specifically, as risk factors increase, perceptions of a safe psychosocial environment decrease, whereas the presence of protective factors fosters a safer and healthier psychosocial climate, leading to better working conditions and improved well-being among professionals. The study’s findings allowed for the identification of strategic measures to improve psychosocial working conditions, including burnout and stress prevention programs and initiatives to promote work-life balance, among others. To ensure the effectiveness of these actions, it is proposed that the psychosocial safety climate be continuously monitored through an indicator matrix and intervention strategies tailored to the organizational reality. These initiatives not only benefit healthcare professionals but also have a positive impact on the quality and safety of care provided, strengthening the long-term sustainability of the organization. Keywords: Psychosocial Safety Climate; Psychosocial Factor; Psychosocial Risk; Health; Healthcare Professionals.
Descrição: Orientação: Hernâni Veloso Neto
URI: http://hdl.handle.net/10437.1/14774
Aparece nas colecções:Biblioteca - Dissertações de Mestrado
Mestrado em Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
dissertacao-elsa~ventura.PDFDissertacao de Mestrado2.94 MBAdobe PDFThumbnail
Ver/Abrir


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.