Liderança e desempenho dos colaboradores : a importância do bem-estar no trabalho

Abstract

Esta dissertação analisa a relação entre os estilos de liderança, o bem-estar no trabalho e o desempenho dos colaboradores, em que o bem-estar assume o papel de mediador. Com base numa amostra de 205 trabalhadores portugueses e seguindo uma metodologia quantitativa, foram estudados cinco estilos de liderança: liderança transformacional, liderança transacional, liderança laissez-faire, liderança autêntica e liderança partilhada. Os resultados indicam que a liderança transacional influência positivamente o desempenho, enquanto a liderança laissez-faire impacta negativamente tanto o desempenho como o bem-estar. A liderança transformacional melhora o bem-estar, mas não o desempenho. O bem-estar revelou se um mediador significativo, influenciando positivamente a relação entre os estilos de liderança e desempenho. Os estilos de liderança autêntica e partilhada não evidenciaram impactos significativos nos dois construtos. Conclui-se que os estilos de liderança que promovem o bem-estar favorecem ambientes de trabalho mais produtivos e saudáveis. Estas descobertas contribuem assim para os desenvolvimentos teóricos sobre a liderança e a gestão de recursos humanos. As implicações práticas do estudo podem ser visíveis nas organizações que procuram melhorar as suas práticas de bem-estar e de melhorias ao nível do desempenho.

This dissertation analyses the relationship between leadership styles, well-being at work and employee performance, in which well-being plays a mediating role. Based on a sample of 205 Portuguese workers and following a quantitative methodology, five leadership styles were studied: transformational leadership, transactional leadership, laissez-faire leadership, authentic leadership and shared leadership. The results indicate that transactional leadership positively influences performance, while laissez faire leadership negatively impacts both performance and well-being. Transformational leadership improves well-being but not performance. Well-being proved to be a significant mediator, positively influencing the relationship between leadership styles and performance. Authentic and shared leadership styles had no significant impact on the two constructs. It is concluded that leadership styles that promote well-being promote more productive and healthier work environments. These findings thus contribute to theoretical developments in leadership and human resource management. The practical implications of the study can be seen in organizations seeking to improve their well-being practices and performance improvements.