A relação entre a fadiga por compaixão, resiliência e compromisso organizacional

Abstract

O estudo teve como objetivo geral a análise da relação entre a resiliência, o compromisso organizacional e a fadiga por compaixão em profissionais das áreas da educação e proteção social. Pretendeu-se estudar uma amostra não probabilística, composta por 204 profissionais, de ambos os sexos, 75,5% do sexo feminino e 24,5% do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 22 e 65 anos (M=42,5, Dp=12,6). Para a operacionalização das variáveis em estudo, foram utilizadas a Escala de Qualidade de Vida Profissional (ProQOL, Carvalho & Sá, 2011), o Questionário de Compromisso Organizacional (OCQ, Gomes et al.,2007) e a Escala de Resiliência para adultos (ERA, Ribeiro et al., 2013). O estudo foi de caráter observacional e transversal, com a recolha dos dados entre o mês de março de 2023 e agosto de 2023. Os resultados demonstraram que os profissionais com maior resiliência apresentaram níveis mais baixos de fadiga por compaixão. Nas comparações entre as duas áreas, os resultados indicaram que os profissionais da área educacional reportaram níveis superiores no estilo estruturado de resiliência em comparação com os profissionais da área de proteção social. As diferenças entre ambos, podem ter implicações importantes para a saúde e bem-estar dos profissionais, pois pode possibilitar uma melhoria na previsão de recaídas e das competências para lidar com as dificuldades atuais e futuras tornando-se um fator de proteção contra o burnout. Os resultados obtidos foram analisados e discutidos com base na literatura e nas suas implicações para a prevenção da fadiga por compaixão. Palavras-chave: Fadiga por compaixão; Resiliência, Compromisso Organizacional, Educação e Proteção Social

The general aim of the study was to analyse the relationship between resilience, organisational commitment and compassion fatigue in professionals in the fields of education and social protection. The aim was to study a non-probabilistic sample of 204 professionals of both sexes. 75.5 per cent (n=154) of the participants were female, while 24.5 per cent (n=50) were male, aged between 22 and 65 (M=42.5, SD=12.6). The following scales were used to complete the protocol: the Professional Quality of Life Scale (ProQOL, Carvalho & Sá, 2011), the Organisational Commitment Questionnaire (OCQ, Gomes et al., 2007) and the Resilience Scale for adults (ERA, Ribeiro et al., 2013). The study was observational and cross-sectional, with data collection beginning in March 2023 and ending in August 2023. The results showed that professionals with greater resilience had lower levels of compassion fatigue. In the comparisons between the two areas, the results indicated that professionals in the educational area had higher levels of the structured style compared to professionals in the social protection area. The differences between both groups could have important implications for the health and well-being of professionals, as a structured lifestyle can be a protective factor against burnout. The results obtained were analysed on the basis of the literature. Keywords: Compassion fatigue; Resilience, Organizational Commitment, Education and Social Protection